Nutrição é a ciência que estuda a composição dos alimentos e as necessidades
nutricionais individuais, além dos processos pelos quais o organismo ingere, absorve,
transporta, utiliza e excreta os nutrientes.
As necessidades nutricionais podem ser definidas como as quantidades de nutrientes e
de energia disponíveis nos alimentos que um indivíduo saudável deve ingerir para
satisfazer suas necessidades fisiológicas normais e prevenir sintomas causados pela
deficiência de nutrientes essenciais.
O equilíbrio dos nutrientes por meio da dieta ou, caso seja necessário,
suplementação nutricional tem papel fundamental no tratamento e controle de várias
doenças. Uma alimentação balanceada tem como objetivo principal fornecer alimentos
saudáveis de forma equilibrada, tanto em quantidade como em qualidade. O organismo
adquire energia e nutrientes necessários para o desempenho de suas funções orgânicas,
manutenção e bom estado de saúde.
O nutricionista clínico atua no tratamento coadjuvante de diversas doenças crônicas
(obesidade, diabetes mellitus, hipertensão arterial, dislipidemias, esteatose hepática,
alergias e intolerâncias alimentares, entre outras). Além de atuar na proteção e a
promoção de uma vida mais saudável, conduzindo o bem estar geral do indivíduo.
A ingestão adequada, de alimentos e nutrientes, é fundamental para uma boa saúde e
resistência às doenças. Por isso é imprescindível que haja um gerenciamento do balanço
energético dos pacientes, garantindo que eles recebam quantidades suficientes de fluidos
e nutrientes como proteínas, gorduras, carboidratos, fibras, vitaminas e minerais.
Procure seu nutricionista! Mude seus hábitos alimentares e mantenha-se feliz e
saudável.
A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, de etiologia
multifatorial, tais como: genéticos, comportamentais, alimentares, psicológicos,
hormonais, doenças ou síndromes e segundo alguns estudos, porém ainda controversos,
fatores virais. Tais fatores contribuem para o desequilíbrio do balanço energético.
A prevalência da obesidade aumentou de 67,8% nos últimos treze anos, saindo de 11,8%
em 2006 para 19,8% em 201 na população Brasileira, segundo a última Pesquisa de
Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico
(Vigitel 2018),
O aumento da adiposidade no corpo humano pode ser gerado por aumento no acúmulo de
gordura nos adipócitos (células que armazenam gordura) e ou aumento no número destas
células. Segundo estudos recentes, o tecido adiposo não é mais apenas um local que serve
para armazenar gordura e sim um órgão endocrinamente ativo.
Quando esse tecido adiposo está muito aumentado, a leptina - hormônio produzido e
liberado pelo tecido adiposo que atua na regulação do metabolismo energético - torna-se
resistente afetando seu funcionamento e prejudicando o organismo na regulação entre a
ingestão de alimentos e gasto energético. Libera ainda citocinas inflamatórias que
prejudicam o bom funcionamento das celulas levando o individuo a resistência à insulina,
arterosclerose (entupimento das artérias) e inflamação crônica.
A obesidade é considerada um fator de risco na saúde do indivíduo, causando o
desenvolvimento de várias doenças, tais como: hipertensão arterial, diabetes mellitus
tipo 2, alguns tipo de cânceres, dislipidemias, intolerância a glicose ou resistência à
insulina, problemas articulares, deformação óssea (geralmente ocorrido em crianças em
fase de crescimento com obesidade), apnéia do sono, problema odontológicos, inflamação,
tromboses, acidente vascular cerebral (AVC) e infarto agudo do miocárdio (IAM).
Os tratamentos comumente utilizados no tratamento desta doença são baseados em
dietas, atividade física, farmacológico e cirúrgico.
É POSSÍVEL EMAGRECER SOMENTE COM DIETA?
A obesidade é uma doença multifatorial, sendo assim, o tratamento deverá ser
multiprofissional! A dieta é parte fundamental para que o paciente obtenha sucesso
independente da abordagem (atividade física, fármacos, balão intragástrico, cirurgia
bariátrica entre outras).
A nutrição, no seu sentido mais básico, refere-se à ingestão de alimentos que
necessitamos para sobreviver. Uma alimentação balanceada é uma alimentação saudável e se
o paciente a pratica tem um gasto energético apropriado, com exercícios físicos
regulares, esse indivíduo cursará com um peso adequado de acordo com o sexo, idade e
suas particularidades. Caso a pessoa tenha sobrepeso e obesidade, ao se utilizar dos
benefícios de uma dieta equilibrada e atividade física, este cursará com perda de peso
restabelecendo seu peso corporal e seu metabolismo. Mas em alguns casos isso não
acontece da noite para o dia, é preciso dedicação e perseverância para que o tratamento
dê certo.
Em relação à perda de peso e o emagrecimento, apesar de serem palavras facilmente
confundidas, elas cursam com diferenças peculiares. Se pensarmos que peso corporal é a
soma de todos os compartimentos, tecidos e órgãos de nosso corpo, devemos ficar atentos
em relação a que peso estamos perdendo.
A massa muscular é um tecido metabolicamente ativo, ou seja, quanto maior a massa
muscular, maior o gasto metabólico basal, que é a quantidade de energia consumida pelo
organismo para manter as funções vitais. A massa de gordura ou o tecido adiposo é um
reservatório de gordura, mas também um tecido endócrino que libera hormônios importantes
para regulação neuroendócrina e de reserva de energia corporal.
Emagrecimento parte do princípio de mudanças de hábitos de comportamento. Um
indivíduo ao mudar seus hábitos alimentares e aumentar atividade física, este cursará
com perda de peso gradual até atingir o peso ideal para ele. Nesses casos o
emagrecimento ocorrerá de maneira mais fisiológica e o indivíduo consegue perceber
mudança em sua composição corporal, preservando massa muscular e perdendo massa de
gordura, além do tempo necessário à promoção de hábitos saudáveis e mudança de
comportamento.
Nos casos de perda de peso rápida mediante dieta com muito pouca caloria ou
diminuição drástica na ingestão alimentar, o corpo acaba utilizando, além da gordura,
massa muscular para gerar energia, nesses casos a pessoa sente fraqueza, mal estar,
irritabilidade, dores musculares, fadiga, dor de cabeça entre vários outros sintomas. A
desidratação também é algo importante a salientar, pois uma rápida perda de peso inicial
pode ser perda de líquido corporal e isso aliado a uma ingestão hídrica diminuída, o
indivíduo cursa com desidratação. Nesses casos o indivíduo não consegue dar continuidade
por muito tempo nesse ritmo alimentar e acaba voltando para os velhos hábitos e ganhando
peso novamente.
A distribuição adequada dos alimentos nas refeições, ao longo do dia, ajuda a
garantir a ingestão de todos os nutrientes (carboidratos, proteínas, gorduras,
vitaminas, minerais e fibras) necessários para o bom funcionamento e regulação do
organismo. Procure um nutricionista para adequar a alimentação às suas necessidades
diárias de calorias.
Devido a crescente busca, da população, pela prática de uma alimentação saudável e o
emagrecimento faz-se necessário acompanhamento em equipe interdisciplinar com médicos,
nutricionistas, educadores físicos, psicólogos para que o indivíduo possa identificar
possíveis fatores que poderão atrapalhar o tratamento fazendo com que o indivíduo
retorne aos hábitos anteriores e fique desestimulado.
Os profissionais que atuam no âmbito da educação alimentar e nutricional visando à
promoção da saúde e mudanças de hábitos alimentares e de vida, vem sendo abordado com
estratégia fundamental para enfrentar os novos desafios nos campos da saúde, alimentação
e nutrição.
Para maiores informações sobre Obesidade acesse
http://www.abeso.org.br/
O Balão intragástrico é uma opção terapêutica para obesidade criada em 1980 e que
começou a ser realizada em 1982 por Nieben e Harboe.
Em 1985 o Balão de garren-Edwards obteve aprovação pela FDA (food and drug
administration).
É indicado para pacientes com índice de massa corpora (IMC) maior que 35 Kg/m2 com
doenças associadas,
que apresentaram falência no tratamento clínico da obesidade, contraindicações clínicas
para o tratamento
cirúrgico ou que não desejam realizá-lo. Pacientes com IMC menor que 35 kg/m2
apresentando doenças secundárias à
obesidade ou refratárias ao tratamento clínico por um período superior a 2
anos.Pacientes que apresentam
contraindicação clínica para uso de medicamentos para o tratamento da obesidade. Preparo
pré-operatório de
pacientes superobesos, que apresentam comorbidades graves e risco cirúrgico proibitivo
para o tratamento cirúrgico.
Redução do risco anestésico em pacientes com obesidade mórbida que serão submetidos a
outros procedimentos cirúrgicos.
O tempo de permanência do balão varia de 6 meses a 1 ano. Para maiores informações sobre
o balão (tempo, volume,
tipo etc.) converse com seu médico.
PRECISO TER ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL ANTES DE COLOCAR O BALÃO?
Com certeza! O ideal é que o paciente vá ao nutricionista antes do procedimento para que
ele possa ter um acompanhamento nutricional adequado e assim obter resultados positivos
durante a permanência do balão. Além disso, o paciente que passar pelo período do balão
e conseguir promover mudanças de hábitos alimentares e de vida, obterá maiores chances
de sucesso em manter a perda de peso após a retirada do mesmo, uma vez que o paciente
aprenderá a lidar com esse novo estilo de vida.
Vale lembrar da importânica em receber o cardápio de pós-balão antes do procedimento
para que o paciente possa se organizar e tirar todas as suas dúvidas.
A alimentação logo após a colocação do balão passa por fases específicas e importantes,
devendo ser seguidas à risca pelo paciente para que se possa evitar maiores
desconfortos.
Nos primeiros 20 dias após a colocação do balão, o paciente deve ingerir dieta líquida,
aumentando a cada semana o volume da dieta:1° e 2° dias: Líquida restrita, 50ml a cada
hora. 3° e 4° dia: Líquida completa, 50 ml a cada hora. 5° e 10° dia: Líquida completa,
100 ml a cada hora. 11° ao 20º dia: Líquida completa, 250 ml a cada 2 horas. Após o 21°
dia a dieta será na consistência pastosa.
Após o primeiro mês o paciente passa para uma dieta de evolução, onde o nutricionista
elabora um cardápio especial com orientações dietéticas específicas respeitando a
condições e tolerâncias alimentares de cada paciente. Além disso durante a permanência
do balão é de suma importancia que o paciente tenha alguns cuidados especiais a fim de
promover resultados satisfatórios durante e após a retirada do balão.
As necessidades de suplementação de proteínas, polivitaminicos e minerais serão
avaliadas individualmente de forma a adequar esses nutrientes para evitar deficiências
nutricionais que podem prejudicar o bom funcionamento do organismo.
Após a retirada do balão é importante que o paciente tenha consultas regulares com o
nutricionista para dar continuidade a reeducação nutricional a fim de manter a perda de
peso obtida durante o tratamento. Além disso, é preciso que o paciente entenda que a
obesidade é uma doença crônica e multifatorial, necessitando assim de acompanhamento
multidisciplinar de forma periódica e pratique exercícios físicos a maioria dos dias da
semana sempre com um profissional habilitado.
É possível manter a perda de peso após o balão, mas para isso o paciente precisa estar
bastante consciente quanto à mudança em seu estilo de vida!
A Cirurgia Bariátrica e Metabólica reúne técnicas com respaldo científico destinadas ao
tratamento da obesidade e comorbidades (diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial,
dislipidemia entre outras)que foram causadas pelo excesso de gordura corporal ou foram
agravadas por esse excesso. Maiores informações sobre a cirurgia converse com seu
médico.
O período antes da cirurgia é o momento mais importante para o paciente, pois é
justamente nesse momento que as mudanças de hábitos alimentares e comportamentais devem
acontecer. O paciente deve estar consciente das mudanças que irão ocorrer no seu
organismo e por isso o tratamento deverá ser realizado com equipe multidisciplinar
(médicos, nutricionista, psicólogo, educador físico, fisioterapêuta etc.).
As consultas nutricionais que antecedem a cirurgia ajudarão o paciente a compreender
a importância da alimentação balanceada de forma a evitar problemas no pós-operatório,
como a sindrome de Dumping e o reganho de peso .
Os erros alimentares deverão ser corrigidos antes da cirurgia para que o paciente
prepare seu organismo para o momento cirurgico e também para facilitar sua adesão aos
novos hábitos alimentares após a cirurgia para toda a vida.
A reeducação alimentar ajudará o paciente a ter uma vida mais saudável, além de
proporcionar a manutenção da perda de peso que ocorrerá após a cirurgia juntamente com a
prática de exercícios físicos.
A alimentação no pós-operatório imediato passa por fases muito importantes e que
deverão ser seguidas à risca pelo paciente para que se possa evitar possíveis
desconfortos.
Na 1ª fase o paciente só ingere líquidos claros, a 2ª fase consiste em dieta
semiliquida, a 3ª fase evolui para dieta pastosa e a 4ª fase o paciente já ingere uma
dieta branda (alimentos abrandados pelo cozimento), durante todas as fases o paciente
ingere poucas quantidades, vai evoluindo (aumentando) essas quantidaes ao longo das
fases e fraciona a alimentação em várias vezes ao dia.
A partir dessas 4 fases o paciente passa para uma dieta de evolução, onde o
nutricionista elabora um cardápio especial com orientações nutricionais específicas
respeitando a condições e tolerâncias alimentares de cada paciente.
As prescrições de proteínas, polivitaminicos e minerais são conduzidas pelo médico e
nutricionista de forma a adequar esses nutrientes para evitar deficiências nutricionais
que podem prejudicar o bom funcionamento do organismo.
Metade de seu prato deve ser composto por proteínas de origem animal e vegetal, 30%
de vegetais e legumes e apenas 20% de carboidratos ricos em fibras, ou seja, os
carboidratos integrais. Como informação adicional é importante avaliar o uso correto
de seus suplementos, atividade física e ingestão hídrica.
A obesidade é uma doença crônica, progressiva, que necessita de tratamento em longo
prazo, clínico ou cirúrgico.
A cirurgia bariátrica não finaliza o tratamento da obesidade. É o início de um período
de mudanças de comportamento, de hábitos alimentares e de exercícios físicos,
monitoradas regularmente por uma equipe multidisciplinar.
Para maiores informações sobre Cirurgia Bariátrica acesse
http://www.sbcb.org.br/
Referência Bibliográfica
Suter M, et al. A New questionnaire for quick assessment of food tolerance
after
bariatric surgery. Obes Surg. 2007;17(1):2-8.
Moizé VL, et al. Nutritional pyramid for post-gastric bypass patients. Obes
Surg.
2010;20(8):1133-1141
Cambi MPC; Baretta, GAP. Bariatric diet guide: plate model template for
bariatric
surgery patients. ABCD. 2018;31(2):e1375.
No Brasil aproximadamente 17% das mulheres brasileiras são obesas. Sabe-se que algumas
mulheres com obesidade cursam com síndrome dos ovários policísticos (SOP) e
infertilidade. Durante a gestação mulheres com obesidade têm um risco maior no
desenvolvimento de diabetes gestacional, hipertensão relacionada à gestação,
pré-eclampsia, macrossomia fetal, trabalho de parto prematuro, aborto, malformações
fetais e obesidade na vida adulta do bebe.
Apesar do histórico dos procedimentos bariátricos se reportarem à década de 1960
ainda existem escassez de estudos a respeito das implicações da cirurgia na gestação.
Mulheres que se submetem a cirurgia bariátrica passam por mudanças metabólicas, onde, as
mulheres que eram consideradas “inférteis”, por causa da obesidade, passam a ter uma
fertilidade normal. Quando a mulher operada (bariátrica), em idade fértil, decide
engravidar, essa decisão deve ser compartilhada com a equipe médica para que esta
gestação seja programada e assistida, a fim de avaliar os riscos impostos pelas mudanças
anatômicas e funcionais que ocorrem após a cirurgia bariátrica. Vale lembrar que este
procedimento promove uma rápida perda de peso nos primeiros meses de pós-operatório,
sendo importante aguardar um intervalo de 12 e 18 meses para engravidar.
Quanto ao ganho de peso na gestante bariátrica este dependerá do tempo de
cirurgia. Mulheres que engravidam após a cirurgia bariátrica devem ser orientadas e
monitoradas para o ganho de peso adequado, uma vez que é observado que o ganho de peso é
menor na gestante bariátrica. Importante haver suplementação nutricional adequada para a
saúde da mãe e bebe e o acompanhamento médico e nutricional devem ocorrer bimensal.
Algumas complicações durante a gestação da mulher submetida à cirurgia bariátrica
são relatadas na litetratura, tais como: obstrução intestinal materna (hérnias do
intestino delgado), torções intestinais, (evoluir para lesões intestinais), desconforto
abdominal ( vômitos, refluxo, contrações uterinas e mal estar matutino), deficiências de
micronutrientes, baixas de glicose ou hipoglicemias (mais frequente em gestante
bariátrica). Ale´m disso, o risco de aborto ocorre de 4,3% até 29% nessa população.
A dieta ideal para as gestantes é aquela que mantém todos os nutrientes para a
formação do bebê. Então, nem pensar em comer qualquer coisinha na hora da fome, porque
diariamente o corpo precisa de nutrientes para a formação de várias células novas.
Deve-se ter cuidado em não exceder as calorias ingeridas, pois o aumento de peso da mãe
não oferece bom peso para o bebê e ainda pode trazer riscos para os dois.
Durante a gravidez, existe uma necessidade calórica aumentada no período
gestacional a partir do segundo trimestre de gestação, o que significa que NÃO precisa
comer por dois. Deve-se evitar, durante toda a gestação, grandes excessos em quantidade
alimentar. Não é aconselhável para gestante a ingestão em excesso de gorduras saturadas
embutidas nos alimentos e frituras pois estes alimentos dificultam a circulação
sanguínea, aumentam os riscos de aumentar o colesterol e a gordura corporal . O excesso
de sal também deve ser evitado pois aumenta a pressão arterial, porém não deve ser
eliminado, pois frequentemente as gestantes experimentam períodos de queda da pressão,
ocasionando tonturas e mal estar.
A necessidade de vitaminas e minerais é maior durante a gestação. O médico que
acompanha a gestante indica a suplementação de polivitamínicos e minerais essenciais ao
período gestacional e o nutricionista faz o acompanhamento nutricional orientando a
gestante na prescrição dietética também durante todo o período gestacional. Lembrando
que , após o parto, o tratamento com o médico e o nutricionista deve ser contínuo, pois
a mãe, de gestante passará a ser nutriz, e esse importante período precisa de
acompanhamento multidisciplinar.
É comum por todo processo de transformação no corpo e até pela alteração
emocional, quadros de enjôo, e por isso a gestante deve fracionar ao máximo suas
refeições, fazendo então, várias e pequenas refeições durante o dia, evitando o jejum
prolongado. Para melhorar os quadros de enjôo matinais, é interessante ingerir alimentos
mais secos (Biscoitos integrais e Torradas integrais).
A redução de gordura pela dieta não significa que deve-se consumir alimentos
diets, visto que alguns adoçantes não são recomendados para gestantes(ex: ciclamato de
sódio e sacarina sódica), salvo em casos de gestantes com diabetes, sendo assim, faz-se
o uso dos adoçantes a base de sucralose ou stévia, sempre com orientação do médico e
nutricionista.
Um programa alimentar adequado e balanceado irá fornecer tudo o que a mãe e o bebe
necessitam. O alimentos que irão contemplar um cardápio adequado são: carnes magras,
verduras, legumes, cereais integrais, grãos integrais e leite ou derivados ou bebida
vegetal todos os dia. Cuidado com os alimentos crus, evite ingerir caso não tenha
certeza que os mesmos foram higienizados de forma correta. Em relação as quantidades
desses alimentos, fica difícil preconizar uma porção ideal e um valor calórico diário,
uma vez que cada gestante é diferente uma da outra.
Evite fazer dieta radical durante a gravidez, se a mãe não fornecer pelos
alimentos os nutrientes em quantidades suficientes para o crescimento e desenvolvimento
do bebê, o corpo da mãe acaba fornecendo os nutrientes, e isto não é bom, principalmente
para a mãe, pois pode cursar com deficiências nutricionais sérias e comprometer tanto a
gravidez quando o período de amamentação, ou seja, as reservas que toda gestante faz
durante a gestação será fornecidade não somente durante o período gestacional, mas
também no período de amamentação. Em relação ao bebê, não pode haver desnutrição
intra-uterina, mas com os níveis de proteínas diminuídas, podem levar à má formação de
placenta, e ainda atraso no desenvolvimento motor, celular e nervoso. A diminuição de
gorduras essenciais diminui a absorção de vitamina A, D, E e K. A vitamina A é
responsável pela formação das mucosa crescimento ósseo, e de tecidos, a vitamina D na
formação dos ossos, a vitamina E como anti oxidante e anti hemorrágica e a vitamina K
como controladora da coagulação sanguínea.
Pratique atividade física devidamente orientada por um profissional da área, cuide
muito bem de sua alimentação e visite regularmente seu médico e nutricionista para
maiores esclarecimentos e cuidados necessários nesta fase tão importante da vida.
A restrição do movimento mandibular no pós-operatório de cirurgia ortognática, constitui
fator de risco nutricional por impedir que o paciente receba dieta sólida por períodos
de até 30 (trinta) dias, em média.
É importante que o paciente esteja saudável no período pré-operatório em todos os
sentidos, o que inclui seu estado nutricional. Nesse sentido, é imprescindível, que o
paciente passe por uma consulta nutricional para avaliação de seu estado nutricional, o
que será feito mediante a análise da ingestão alimentar, antropométrica e bioquímica
(exame de sangue). Esta avaliação identifica possíveis carências nutricionais,
intolerâncias alimentares e doenças que podem interferir na recuperação após a cirurgia,
bem como ajuda a manter níveis adequados de nutrientes, controlando o peso corporal,
taxa de glicose e pressão arterial para a realização do procedimento e recuperação no
período pós-operatório.
A dieta no pós-operatório é fundamental para que o paciente possa manter um adequado
estado nutricional. O tipo de alimentação ocorre conforme as fases de recuperação e é
necessária para o sucesso da cirurgia, evitando hemorragias e proporcionando uma rápida
cicatrização.
A alimentação após a alta hospitalar, consiste em dieta líquida a semilíquida
(alguns alimentos liquidificados) e coada, variando de temperatura (ambiente a fria) e
sempre de fácil digestão. Após este período, a dieta evolui para uma consistência
pastosa, facilitado a mastigação. A duração das fases da dieta dependerá de cada
paciente, variando conforme sua recuperação e avaliação do cirurgião dentista.
Uma dieta adequada deverá conter nutrientes que ajudam na cicatrização. tais como:
vitamina C, zinco, ferro, entre outros.
Em alguns casos, será necessária a prescrição de uma dieta hiperproteica e
hipercalórica.
Caberá ao nutricionista prescrever os suplementos alimentares a fim de complementar
a dieta e suprir eventuais necessidades nutricionais do paciente.
A orientação nutricional adequada e balanceada é ofertada aos pacientes de forma
humanizada, respeitando-se sempre a individualidade de cada um, possibilitando uma
recuperação completa do estado nutricional, melhorando a qualidade de vida no período
pós-operatório, considerado o momento mais delicado neste tipo de procedimento.
Os pacientes que se submetem a cirurgia ortognática devem prestar especial atenção à
alimentação, que é particularmente desafiadora devido à complexidade do procedimento.